AUTOMAÇÃO, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E O FUTURO DO TRABALHO HUMANO
O projeto Café Filosófico da Fatec de Mauá está em sua segunda edição neste ano de 2018, pois o projeto prevê um por . Jarbas Thaunahy, que convidou o palestrante a mostrou a que veio e, principalmente, o que foi muito foi o Ph.D. João de Fernandes Teixeira, professor da UFSCar/SP (Universidade Federal de São Carlos) e autor de inúmeros livros. Seu trabalho de maior contribuição para o Brasil João de Fernandes Teixeira é uma referência nacional e internacional no assunto. Também desenvolve pesquisa e escreve sobre Inteligência Artificial, Cognição Humana e Neurociências. É um grande lógico, ssim o fez por durante muitos anos na UFSCar/SP no Departamento de Filosofia e Métodos dessa respeitada universidade brasileira aqui do interior de São Paulo. Atualmente, aposentado, O pesadelo de Descartes: do mundo mecânico à inteligência artificial”. Continua pesquisando e publicando seus artigos que compõem um sem número deles ao longo de sua vida acadêmica. Bem, com a chamada para o evento sendo “Automação, Inteligência Artificial e o Futuro do Trabalho Humano”, o despertar da curiosidade nos estudantes e convidados foi de grande impacto e o palestrante correspondeu a essa demanda. O auditório da Fatec de Mauá estava lotado. João de Fernandes Teixeira discorreu sobre o mbate entre inteligência humana e inteligência artificial, portanto, fazendo referência ao livro, onde se localiza o pesadelo de , desse filósofo francês tão importante para a Modernidade Filosófica e Científica a partir do século XVII? O seu “mundo mecânico” agora está dominado pela IA (Inteligência Artificial, talvez o mais correto seja o plural: Inteligências Artificiais) e tem mais: a questão é que essas inteligências, já adotando o plural, criadas pelos seres humanos, do Cogito, ergo (Penso, logo existo), agora elas próprias desafiam esses mesmos seres humanos já que as IA estão chegando num estágio de seu desenvolvimento em que geram outras IA e, além disso, os seres humanos ao interagirem com as IA apenas as gentes ainda. A pergunta que fica é: com robôs criando robôs, o que restará aos seres humanos? Robôs que são programados para terem, inclusive, sentimentos “humanos” e “sensibilidade”. Afinal, existe de fato autonomia nas IA? Até tecnológicas como é o caso das IA? Não bastassem essas questões todas, João de Fernandes Teixeira entrou no terreno espinhoso do mercado de trabalho e relatou estão sendo extintos e, portanto, o impacto terrível do desemprego sonda os seres humanos. Por mais que haja qualificação dos profissionais, questionou o professor palestrante, essa própria issionais não está preparada para essas enormes mudanças. Então, não está fácil e não será fácil. Todavia, o mercado de trabalho ainda não utiliza seus avanços tecnológicos para lo planeta, a jornada semanal de trabalho. já tratava dessa questão da qualidade de vida e o o máximo. Daí dá para imaginar como Portanto, o professor palestrante questionou o papel social das IA, da , em que o sujeito, o “penso, logo existo” compete em regime de desigualdade com as IA. Ah, se Descartes estivesse vivo! Ele está de outro modo: através de seus Tecnológica ficam as indagações Filosóficas e as contribuições icas da Filosofia para essas reflexões, afinal de contas as tecnologias todas devem estar a serviço dos seres humanos e não o contrário, certo? Como é possível de perceber, muitas foram as provocações trazidas por João de Fernandes Teixeira e ficou para todo o público participante pensar o que, afinal, é a mente humana e se as IA podem ser nomeadas, também, de “mente”. Já não bastassem as questões que a Filosofia da Mente levanta sobre as relações mente-corpo, contribuindo para a questionando em muitas das suas ações e avanços na área de Biotecnologias, o professor João de Fernandes Teixeira foi bem claro em suas falas, as quais se tornaram acessíveis para todos que estavam no auditório. É isso. Que o projeto siga e que o III Café Filosófico aconteça no primeiro semestre de 2019.
Prof. Dr. Mauro Araujo de Sousa, Ph.D. em Filosofia